A questão de pano de fundo é a seguinte: se o ‘povo’ se mostrou politicamente conservador, esteticamente ele quase sempre foi progressista. Esse paradoxo vem sendo constantemente subestimado na maioria dos livros já escritos sobre música popular. Por um lado porque é de difícil (talvez impossível) resolução; por outro porque uma boa parcela das esquerdas e direitas caminhou exatamente no sentido oposto a essa proposta, ou seja, supunha ter um discurso politicamente ‘progressista’, mas esteticamente conservador em diversos pontos.
Do livro Cowboys do Asfalto, sobre a história da música sertaneja.
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