O Portal da Ressurreição

2j5yuxuDeus salve o trash! \o/ Afinal, quem é que dá a mínima pro cinema de arte, não é mesmo? Muito mais vale a pena rir em voz alta com tiroteios coreografados e frases de efeito bizarras, de preferência acompanhado daqueles amigos de sempre para podreiras generalizadas. E, bem, isso é justamente aquilo que O Portal da Ressurreição oferece.

Dizem que existem 666 portais que conectam o nosso mundo com o “outro lado”, sendo que, no Japão, se encontra o portal de número 444. Aquele que conseguir atravessá-lo irá voltar dos mortos – e, aparentemente, esse é o objetivo de alguém que resgatou um prisioneiro condenado à prisão perpétua e seqüestrou uma garota com dons sensitivos. Mas quem é que tá prestando atenção no roteiro, né? O que importa é perceber que o filme reúne, num pacote só, zumbis, decapitações sangrentas, tripas voando, combates de artes marciais ao som de rock pesado, pistoleiros em sobretudos estilosos, samurais com trilha sonora típica, espadas gigantescas, e combates épicos entre lutadores super-poderosos. E como é que um filme pode dar errado com isso tudo?

É importante destacar, claro, que há muitas ressalvas que podem ser feitas. Trata-se de um filme de público bem específico; realmente não acho que qualquer um consiga gostar do pastiche kitsch e bizarria marcial que ele apresenta. Mas também não chega a ser lá um desperdício completo – há atores até aceitáveis (pelo menos dentro do padrão oriental de atuação), personagens caricatos com um humor meio pastelão, uma fotografia que parece meio amadora mas que consegue criar um clima legal, e brigas caóticas e absurdas cheias de estilo que me lembraram bastante Devil May Cry.

Esse último item, aliás, serve bastante bem pra descrever O Portal da Ressurreição como um todo: é um filme com muito mais estilo do que conteúdo, inegavelmente. Mas, puta que pariu… Ele tem estilo! Cult instantâneo.

0 Respostas to “O Portal da Ressurreição”



  1. Deixe um comentário

Deixe um comentário




Sob um céu de blues...

Categorias

Arquivos

Estatísticas

  • 235.280 visitas